O concurso mais esperado do ano, que irá definir as três jovens que terão a missão de representar, exaltar e divulgar a Festa do Pinhão, será realizado nesta quinta-feira (27), no Mercado Público de Lages
Neste ano, o concurso da realeza da Festa Nacional do Pinhão terá um ar nostálgico. Quem acompanhar o evento, terá uma verdadeira imersão na história cronológica da festa. Como forma de homenagear a chegada da trigésima quinta edição, as doze candidatas irão desfilar com os vestidos oficiais, que já foram usados por rainhas e princesas de festas anteriores.
A proposta é que o desfile com o traje de gala seja uma viagem no tempo, mostrando desde os primeiros vestidos que foram criados e inspirados nas belezas naturais, tradições e cultura da região serrana, até as últimas criações, mais modernos, com uso de tecidos e tecnologias avançadas, mas com a mesma representatividade que se propõem um vestido da realeza, que carrega uma simbologia tão marcante para seu povo.
Após a seletiva que definiu as 12 candidatas que passaram para a etapa final do concurso, e a ideia da homenagem ter sido lançada pela equipe organizadora, uma corrida contra o tempo foi iniciada, com os ajustes necessários para que tudo desse certo.
A missão foi conduzida pelo Ateliê La Unica, que tem a frente a estilista Ana Lopes, responsável pela criação e assinatura dos últimos vestidos e também de algumas edições passadas, que foram desenhados e produzidos por sua mãe Berenice Omizzolo, fundadora do ateliê.
Todos os vestidos, desde os mais antigos, ficam guardados na Fundação Cultural de Lages, que remonta a história da festa, com trajes, faixas e coroas, cada um trazendo memórias e singularidades de sua época.
Prova dos vestidos e últimos ajustes
Nesta quarta-feira (26), véspera do concurso, todas as candidatas foram convocadas para fazer a última prova, no Ateliê La Unica. Vestidos de doze edições da festa foram selecionados pela equipe para serem usados por elas no evento. “Tem muito sentimento envolvido; amor, paixão e dedicação de toda equipe, pois sabemos que é a realização de um sonho dessas meninas. Será uma missão difícil escolher apenas três. O trio terá uma missão de grande relevância para a festa e, em especial, os vestidos vêm ganhando cada vez mais destaque e é sempre muito esperado. Não é fácil vir com novidades a cada edição, durante os 18 anos que estamos envolvidos com as criações, mas sempre buscamos ousar e surpreender, sem deixar de representar nossa querida Lages”, destaca a estilista Ana Lopes.
Durante o encontro, as jovens tiveram um bate-papo com a estilista e puderam conhecer a equipe do ateliê. Foram apresentados fotos e históricos de todos os vestidos escolhidos, com o tema, estilista que confeccionou e o trio de realeza que usou naquele ano. Também tiveram o primeiro contato com a equipe do Leia Salão, que irá produzi-las com cabelo a maquiagem, uma parceria inédita com o objetivo de diminuir custos às jovens na produção para o concurso.
Vestidos que contam a história de Lages
A expectativa e euforia na prova dos vestidos foi inevitável. Cada toque nos tecidos, bordados e pedrarias, encantavam as garotas que levam consigo um sonho de ser realeza, desde meninas. Ao ouvir as histórias de cada vestido, sua representatividade, e ao ver as fotos das realezas passadas, jovens que tiveram os mesmos sonhos realizados e que ostentaram a vestimenta oficial durante as jornadas de divulgar a festa, muita atenção aos detalhes.
Dentre os selecionados, o vestido mais antigo é da 11ª edição, de 1999. Foi neste ano que os vestidos começaram a ser pensados como forma de representar as características da região. Neste vestido, o pôr-do-sol foi representado, em meio a flores e pinhões bordados por artesãs lageanas.
A partir da 31ª edição da festa, no ano de 2019, os vestidos começaram a chamar mais a atenção da imprensa, com apelos mais fortes da cultural local. Neste vestido em especial, foi representada a lenda da serpente do tanque no vestido da rainha, as artes com quadros de araucárias pintados por artistas lageanos no vestido da primeira princesa e a arquitetura, representada pelo Colégio Rosa, no vestido da segunda princesa. “Lembro que a partir desta época começamos a ter mais convites para entrevistas e fomos capas de revistas, com matérias especiais evidenciando os temas escolhidos e falando especificamente da confecção dos vestidos. Também uma época que o trio da realeza começou a explorar mais as redes sociais, estimulando ainda mais a curiosidade popular”, lembra Ana Lopes.
Um dos vestidos favoritos da estilista, foi o da 32ª edição, no ano 2022, logo após a pausa na realização da festa devido à pandemia. Com uma cor marcante, os vestidos foram produzidos em crochê e macramê na parte de cima, em alusão ao artesanato local. “Este tem um lugar especial no meu coração. Foram três horas de trabalho para montar e costurar as peças no corpo delas, para que ficasse um caimento perfeito”, lembra.
Confira os doze vestidos que serão usados no concurso:
- 11ª edição (1999);
- 14ª edição (2002);
- 17ª edição (2005);
- 18ª edição (2006);
- 21ª edição (2009);
- 24ª edição (2012);
- 28ª edição (2016);
- 29ª edição (2017);
- 30ª edição (2018);
- 31ª edição (2019);
- 32ª edição (2022);
- 33ª edição (2023).
Texto: Aline Tives
Fotos: Nilton Wolff
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