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Prefeito da cidade gaúcha visitou Lages para conhecer a história dos monumentos de Batista (foto: Fabrício Furtado) Prefeito Clenio Boeira visitou Lages para conhecer as obras do escultor José Cristóvão Batista
O prefeito do município gaúcho de Dom Feliciano, Clenio Boeira da Silva esteve em Lages na manhã desta sexta-feira (21) para conhecer o artista plástico José Cristóvão Batista e suas obras, principalmente os monumentos históricos espalhados pela cidade.
A intenção do prefeito Clenio é a instalação de monumentos em Dom Feliciano, mais precisamente no Centro de Eventos Almirante Negro, espaço que resgata a memória um personagem importante na história da região.
O prefeito foi recebido pela equipe da Fundação Cultural de Lages e o superintendente Giba Ronconi, servidores do Museu Histórico Thiago de Castro, e o próprio escultor Batista. Na oportunidade, o gestor da cidade gaúcha conheceu o monumento à Bíblia na Praça Joca Neves, o monumento Lavadeiras no Parque Jonas Ramos (Tanque) e uma das últimas obras de Batista, o Caminhos das Tropas na Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense).
Quem foi o Almirante Negro?
João Cândido Felisberto foi um marinheiro brasileiro conhecido por ter liderado a Revolta da Chibata (1910). Filho de escravizados, nasceu na região de Dom Feliciano e aos 14 anos de idade ingressou na Marinha Brasileira. Engajado na luta contra os maus-tratos, se tornou notório por atuar contra a má alimentação dos marinheiros e aos castigos de chibata aplicados na corporação. Escritores como Gilberto Amado e João do Rio, por volta de 1912 o denominaram como Almirante Negro.
Segundo Boeira, Almirante Negro é um dos grandes símbolos de Dom Feliciano, e também existe a proposta da instalação de um monumento à Bíblia na cidade, assim como o monumento à Nossa Senhora de Czestochowa, homenagem à rainha da Polônia, Padroeira da Paróquia e do município inaugurado em abril deste ano no Centro de Eventos.
Dom Feliciano é uma das maiores representações da colônia polonesa no Brasil, cerca de três mil imigrantes se estabeleceram no local em 1891. A cidade homenageia o primeiro Bispo do Rio Grande do Sul, Dom Feliciano Rodrigues Prates e fica a cerca de 170 quilômetros de Porto Alegre.
Texto e fotos: Fabrício Furtado.
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