Na estrada desde 2015, a banda Ondastral vem ganhando notoriedade em grandes shows. Foi uma das atrações no palco principal no dia do rock da 34ª Festa Nacional do Pinhão, encerrando o evento com grande público
Lages sempre foi considerada um celeiro da música autoral, com muitas bandas de garagem se formando e algumas ganhando destaque em festivais e apresentações alternativas. A banda Ondastral, formada em 2015, já conquistou seu espaço nacionalmente, abrindo grandes shows como Armandinho e Vitor Kley. Este ano foi atração do Planeta Atlântida, dividindo o palco com Papas da Língua, Braza, Diogo Defante e Gabriel O Pensador.
Neste domingo (2), no dia do rock na 34ª Festa Nacional do Pinhão, três bandas lageanas subiram ao palco principal, abrindo os shows nacionais do Ultramen e CPM 22. As bandas autorais Ondastral e Affix, juntamente da banda autoral e cover Madeira de Lei, fecharam a programação da festa com chave de ouro, agradando aos roqueiros de plantão. “A Festa do Pinhão tem um gostinho muito especial para nós. Tocar em casa, com uma mega estrutura, é extremamente motivador. No ano passado, nosso show foi numa terça-feira às 23h, e ficamos surpresos com a quantidade de pessoas que vieram nos ver. Foi uma noite especial e inesquecível, e não foi diferente neste ano”, comenta o guitarrista e líder da Ondastral, Mateus Rosa.
Banda ascendente no rock nacional
A banda lageana Ondastral fará nove anos em setembro de 2024. A formação atual está junta desde 2020, quando decidiu-se fazer uma pequena alteração no nome, que passou de "Onda Astral" (separado) para Ondastral (tudo junto). “Acreditamos que essa mudança trouxe muitas coisas boas, pois a partir de 2020 a banda cresceu muito, tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Obviamente não pela mudança do nome, mas sim pela postura da banda, que encarou o mercado da música com mais profissionalismo e melhor direcionamento trazendo pessoas profissionais e competentes para somar junto”, comenta Mateus.
Foi em 2020 que a banda começou a trabalhar com o produtor Junior Marques, do estúdio EMME de Blumenau (SC), onde a formação atual foi firmada. A banda é composta por Gabs Matias na guitarra e vocal, Mateus Rosa na guitarra, Vitor Sousa no baixo e JC Matias na bateria.
Atualmente a banda se categoriza como “rock alternativo”. Nos primeiros anos - e no primeiro EP “Toda Origem É Natural” -, era bastante presente a sonoridade do reggae, ska e hardcore. O som foi amadurecendo e trazendo outras influências do rock mais pesado e das baladas de violão. Hoje é uma mistura de todos esses estilos, que ainda pintam aqui e ali nas músicas.
Entre os principais trabalhos até aqui, se destaca o EP “Toda Origem É Natural” (2021) e o álbum “Pare de Noiar” (2023). Vale mencionar o single “Em Brasa” (2021), que ainda é a faixa com mais reproduções, chegando a 100 mil no spotify, e o lançamento mais recente “Sexta-feira Linda” (2024).
Recentemente, ainda no mês de maio, tocaram em São Paulo, no Carioca Club, dividindo a noite com Supla e Diogo Defante. Também farão a abertura do show da banda paulista Rancore, que vai acontecer em Balneário Camboriú.
Sobre a experiência de ter se apresentado no Planeta Atlântida neste ano, a banda define como algo incrível. “Tanto pelo show em si quanto pelo que vivenciamos depois. O Gabs cantou uma música com o Defante no show dele; encontramos nos bastidores artistas que admiramos muito, como Armandinho, Braza e Papas na Língua. O Braza durante seu show mandou um ‘salve Ondaxtral!’. Foi provavelmente a primeira vez que vivenciamos coisas do tipo, com artistas a nível nacional”, conta o guitarrista.
Expectativas para um futuro próximo
Ondastral está preparando terreno para o próximo álbum, com o lançamento de alguns singles que sairão ainda neste ano. “O novo álbum provavelmente ficará para o ano que vem. Esperamos poder voltar a tocar em São Paulo e desbravar novos lugares, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Conhecer pessoalmente a galera dessa região que curte nosso som”, diz.
O sonho de fazer música autoral no Brasil e alcançar o reconhecimento sempre esteve presente entre os membros da banda. Com vínculo familiar e afetivo, caíram na estrada desde muito jovens. Gabriel, Vitor e JC são primos e sempre estiveram juntos, tanto musicalmente quanto pessoalmente. Mateus é amigo pessoal há muito tempo, e já tiveram outros projetos juntos. “É uma luta diária. Já realizamos muitas coisas que sonhávamos, mas sabemos que ainda há muito mais a alcançar. Hoje, poder fazer shows em outros Estados do Brasil e ver pessoas cantando nossas músicas é uma experiência incrível. É profundamente emocionante saber que há fãs que viajam de outras cidades só para nos ver. Esse sentimento de ter pessoas que genuinamente gostam de nós e nos desejam o melhor é incomparável. A energia e o apoio deles são o nosso maior combustível”.
Já a relação com os fãs lageanos é a melhor possível. “Eles são uma galera muito fiel e incrível, sempre comparecendo em peso aos nossos shows. Muitos deles se tornaram nossos amigos. É sempre incrível andar na rua e ser reconhecido e parabenizado pelo nosso trabalho, especialmente aqui em Lages. Fizemos grandes parceiros, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Temos muito orgulho de ser de Lages e poder levar o nome da cidade por outros Estados”, finaliza.
Texto e fotos: Aline Tives
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