As casas construídas pela prefeitura são de madeira, com tamanho entre 30 a 45 metros quadrados, dependendo do tamanho da família, podendo ter dois ou três quartos
O sonho de qualquer cidadão, ter um lar para chamar de seu. O direito à habitação é um direito fundamental, porém nem todas as pessoas têm acesso às mesmas condições e oportunidades. Hoje, o déficit habitacional é o que compõe uma das mais graves mazelas da sociedade brasileira e um dos desafios mais importantes do desenvolvimento urbano é justamente oferecer moradias de baixo custo para famílias de baixa e média renda.
A Prefeitura de Lages, através da Diretoria de Habitação, órgão diretamente ligado ao gabinete do prefeito, possui um programa que visa atender as necessidades habitacionais da população mais vulnerável do município. Atua na prestação de serviços e atendimentos às famílias mais necessitadas no que diz respeito à reforma, construção e reconstrução de moradias. Há casos em que além da mão de obra para a construção ou reforma das casas também são fornecidos, gratuitamente, materiais de construção, a exemplo da madeira, esquadrias e telhas.
Somente neste ano, de janeiro até final de agosto, foram realizados 80 atendimentos, desde construções novas e reformas com recursos próprios da prefeitura, até aqueles que estão inseridos no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, que conta com contrapartida do Município. Este inclui atendimento a famílias com doação de casa e terreno, ou então a aquisição de apartamentos populares. “É importante salientar que pelo programa Minha Casa, Minha Vida, conta apenas com unidades habitacionais que possuem reintegração de posse”, esclarece Angélica Wolff, assessora técnica da Diretoria de Habitação.
As casas construídas pela prefeitura são de madeira, com tamanho entre 30 a 45 metros quadrados, dependendo do tamanho da família, podendo ter dois ou três quartos. “Em alguns casos é entregue com banheiro, em outros é feita apenas a reforma, com a doação de materiais, ou então doado a mão de obra. Nossa média é de duas a três casas entregues todo mês”, afirma o executivo de Habitação, Anilton Freitas.
Para ter acesso ao serviço, é necessário fazer um cadastro e posteriormente passar por uma triagem através de visitas de um assistente social. O atendimento possui critérios e somente serão cadastradas pessoas em vulnerabilidade social, com renda familiar de até R$ 2.640,00. “Também é importante dizer que o cadastro precisa ser atualizado anualmente. Muitas pessoas que ficam mais de dois anos sem vir, o próprio sistema lança como inativo e é dada a vez para o próximo da fila. Temos prioridades seguindo alguns critérios, como mulheres chefe de família, idosos, acamados, pessoas com mobilidade reduzida ou necessidades especiais, pessoas que são retiradas de áreas de risco, entre outros”, aponta a assessora Angélica.
Casa nova, vida nova!
A senhora Marlene Aparecida Prado, 56 anos de idade, moradora do bairro Novo Milênio, não vê a hora de se mudar para a casa nova, que foi construída atrás da sua residência que estava em situação precária. “Hoje estamos realizando um sonho. Há muitos anos esperava por este momento. Nossa casa não tinha mais condições de moradia”, comenta emocionada.
Na casa antiga, morava ela, a filha e quatro netos. Ela conta que a situação se agravou depois que a netinha de apenas cinco meses de vida foi acometida por uma doença no pulmão e precisou ficar três meses na UTI. Depois, ao voltar para casa os cuidados precisam ser redobrados, e por algum tempo ainda usou um cilindro de oxigênio. “O chão estava caindo, e tinha muitas frestas por onde entrava poeira. Foi um período complicado pra gente”, relata. Agora, a nova moradia tem três quartos. Mais espaço para acomodar as crianças e a segurança de uma casa recém construída. “Será uma vida nova. Estamos muito felizes”.
No bairro Morro Grande, a entrega foi para Carlos Roberto Bueno. A nova moradia conta com uma varanda e acessibilidade, devido a sua mobilidade reduzida. “Quero agradecer à Prefeitura de Lages e toda equipe que fizeram minha casa nova, pois a outra mais parecia uma tapera velha, quase caindo. Agora tenho um sonho realizado”, comentou feliz.
E no bairro São Luiz, a casa da Andreia Aparecida da Silva pegou fogo, comovendo a comunidade e vizinhos. Ela ganhou uma nova casa para retomar sua vida e seguir adiante. “Perdi tudo e agora tenho como recomeçar, só tenho a agradecer”, diz.
Texto: Aline Tives
Fotos: Toninho Vieira e Aline Borba
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