Meninas e meninos se espelharam na experiência do adolescente Jacson Paulo Floresti, de Atalanta
Uma atividade especial para as estudantes do curso do Projeto Guarda Mirim, do Parque Natural Municipal João José Theodoro da Costa Neto (Parnamul), foi praticada nesta terça-feira (24 de setembro). É a oficina da Mata Atlântica. Profissionais da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), com sede em Atalanta, no Alto Vale do Itajaí, Daiana Barth e Leandro Casanova, estiveram em Lages e abordaram a relevância da preservação deste bioma, mostrando dados do Brasil, Santa Catarina e Lages, além da abordagem de que o Parque Natural se constitui em um dos principais remanescentes da Mata Atlântica na Serra Catarinense. Ambos lembraram da grande biodiversidade do bioma, porém, ameaçado em razão das milhões de pessoas que vivem sobre ele, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, com altíssima concentração de habitantes. Indiscutível o impacto das atividades do dia a dia, como a produção de lixo e o esgoto sanitário sem tratamento, que afetam o meio ambiente.
Os especialistas apresentaram algumas espécies da fauna e da flora pertencentes ao catálogo deste conjunto de diferentes ecossistemas, bem como convidaram os estudantes para uma dinâmica com desafio, estimulando os alunos a persistirem no trabalho e missão de cuidado com a natureza, pulverizando a sensibilização e as noções de que é uma responsabilidade individual com efeitos coletivos. O público da capacitação escutou o relato presencial de um aluno do terceiro ano do ensino médio de uma escola estadual de Atalanta, Jacson Paulo Floresti, que expôs o Projeto Plantando o Futuro, do qual o garoto faz parte, desenvolvido naquele município. Entre as atividades deste Projeto estão o plantio de árvores ao redor de nascentes e em escolas e educação ambiental com crianças no Projeto Plantando uma Sementinha. “É uma ideia bacana e acabou nos inspirando a pensar em propostas bem criativas de multiplicação nas instituições de ensino onde nossos futuros guardas mirins estudam no ensino regular, como plantio de árvores e limpeza. Uma experiência bem enriquecedora”, pontua a gerente de Educação Ambiental da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, a bióloga Michelle Pelozato.
Saiba mais sobre a Mata Atlântica
A Mata Atlântica é um bioma de floresta tropical que abrange a Costa Leste, Sudeste e Sul do Brasil, Leste do Paraguai e a província de Misiones, na Argentina. Seus processos ecológicos evoluíram a partir do Eoceno, quando os continentes já estavam relativamente dispostos como estão atualmente.
A região é ocupada por seres humanos há mais de dez mil anos. A partir da colonização europeia e, principalmente, no século XX, a Mata Atlântica passou por intenso desmatamento, restando menos de 20% da cobertura vegetal original.
É um grande centro de endemismo e suas formações vegetais são extremamente heterogêneas, desde campos abertos em regiões montanhosas até florestas chuvosas perenes nas terras baixas do litoral. A fauna abriga diversas espécies endêmicas, como o mico-leão-dourado e a onça-pintada.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Parque Natural Municipal João José Theodoro da Costa Neto (Parnamul)
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