A pintura, em tempo real, da paisagem serrana, obra intitulada “Geada”, ainda está em andamento, o qual os visitantes poderão acompanhar durante esta semana de evento
O contexto não poderia ser melhor. Poder passear pelos campos invernais da Serra Catarinense ao cultuar as artes dos traços e cores. Este é o prazer despertado e desfrutado pela aptidão da artista plástica, Marlete Palhano, autora das obras integrantes da exposição “Tradição e Preservação”, aberta ao público na 33ª Festa Nacional do Pinhão, dentro do Parque de Exposições Conta Dinheiro, no mesmo período cronológico do maior evento da região serrana do Estado e um dos maiores de cultura e gastronomia do Sul do Brasil e um dos mais expoentes do próprio país. Portanto, de 2 a 11 de junho, no espaço da Fundação Cultural de Lages (FCL), no pavilhão do Shopinhão. A exposição visa estimular a percepção do processo artístico e reflexivo através da arte enquanto tradição e preservação do povo serrano.
Nesta exposição individual, 17 obras pintadas em acrílico sobre tela, constituídas por elementos característicos e peculiares, como pinheiros de araucária, florestas de Araucaria angustifolia, outras vegetações regionais de clima frio, pinhas, geada, gralha azul, leão baio, riacho, taipas, porteiras, estradas de terra, casas de madeira, galpões, ferroduto da Coxilha Rica, Serra do Rio do Rastro e até um homem apanhando pinhões com uma taquara ao alto de uma árvore, e um painel de pintura mural de três metros de comprimento por 1,80 metros de altura, com paisagem serrana, este servindo como cenário para fotografias aos visitantes. Pelo ambiente já passaram mais de 500 pessoas desde o início da 33ª Festa Nacional do Pinhão.
No feriado nacional de Corpus Christi, próxima quinta-feira (8 de junho), a exposição estará à disposição do público a partir das 14h, até meia-noite. Nos demais dias e noites, abertura junto aos portões do Parque de Exposições e fechamento à meia-noite ou 1h. Após o término da 33ª Festa Nacional do Pinhão, a exposição será montada na biblioteca do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
A magia do movimento, contornos e cores da pintura ao vivo
Os lageanos e turistas presentes no Parque de Exposições Conta Dinheiro na tarde ensolarada de domingo (4 de junho), na 33ª Festa Nacional do Pinhão, surpreendidos por um lazer inusitado: Acompanhar a produção de uma tela ao vivo, pois não é todo dia que esbarramos tão de perto em um artista concentrado nos aspectos de imaginação, elaboração de cena e criação em exercício, ao instigar e aguçar sua intelectualidade, perspicácia e técnica ali, na frente de pessoas curiosas.
A pintura em tempo real, da paisagem serrana, obra intitulada “Geada”, de autoria da artista plástica, Marlete Palhano, ainda está em andamento, o qual os visitantes poderão acompanhar durante esta semana de Festa. “Pintar ao vivo, demonstrar o processo artístico do artista na questão de técnicas da linguagem visual da pintura: Mistura de cores, sombreamento, luminosidade, texturas visuais. E também estar em contato diretamente com o apreciador de arte, o público. São sensações lindas”, avalia a artista plástica, Marlete Palhano, ao acrescentar: “Ser artista é adquirir conhecimento pela pesquisa de materiais e suportes diversos, contextualizando a história da arte com a prática. É deste jeito que crio as minhas obras de forma expressiva e educativa.”
Seis meios de conhecer mais sobre sua história e estabelecer contato profissional, para cursos e venda de quadros artísticos, desenhos e artesanato, incluindo aceite de encomendas, uma ideia de presente: Ligação telefônica, WhatsApp, Instagram, Facebook, e-mail e endereço presencial: (49) 99972-5599;@marletepalhano;marlete.palhano;amarletegt@gmail.com, e rua Hermes da Fonseca, nº: 464, bairro Coral.
Carreira de 20 anos e mais de 20 exposições
Marlete Palhano é arte-educadora, mestre em educação, desenhista, escritora, fotógrafa e artista plástica. Ministra cursos de pintura em tela e desenho artístico. Leciona aulas em cursos de cartazista e artesanato em matérias-primas de Etileno Acetato de Vinila (EVA), tecido, papel e madeira. Mantém, há dez anos, a marca registrada Marlete Palhano.
Atualmente, em seu ateliê, Marlete Palhano ministra cursos de pintura em tela e desenho artístico para alunos a partir de cinco anos de idade, jovens, adultos e pessoas inclusivas. Uma totalidade média de 100 alunos, somados os turnos matutino, vespertino e noturno. Marlete é também professora na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) e na rede pública municipal de ensino.
Atua ativamente em seu ateliê desde 2003, com cursos de pintura em tela, desenho artístico e artesanato. Em 20 anos atuante como professora de arte formou aproximadamente 400 alunos nas áreas de desenho e pintura em tela. Na sua carreira acadêmica como professora universitária, por 12 anos, na formação de acadêmicos na licenciatura de Artes Visuais, em torno de 200 alunos.
Coleciona 20 exposições em sua trajetória e mais cinco de pintura mural, painel e artística. Possui obras em acervo na Escola de Artes Elionir Camargo Martins, administrada pela Fundação Cultural de Lages (FCL), Supermercado Angeloni e no 1º Batalhão Ferroviário (BFv).
Currículo extenso e intenso
Trabalhou como diagramadora e ilustradora design de livros infantis, desenvolvidos em 2009 e 2010, no Instituto José Paschoal Baggio (IJPB) - Jornal Correio, e ilustrações e diagramação do jornal pedagógico Lendo e Relendo. E em 2011 e 2012, ilustrações para o livro pedagógico - SOMAR.
Entre 1988 e 1993 estudou com o artista plástico e professor de arte, Moacir Ramos, em seu ateliê em Lages, executando processos artísticos relacionados à arte nas linguagens do desenho e pintura. Nos anos 1980 trabalhou como cartazista em supermercado, optando por uma trajetória nas artes plásticas a partir de 1994.
Ministrou cursos profissionalizantes junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Social do Comércio (Sesc) e Sistema Nacional de Emprego (Sine): Artesanato, desenho artístico, cartazista, publicidade e propaganda e vitrinismo, de 1994 a 2000. Desenvolveu vários projetos artísticos, bem como decorações para festas temáticas: Festas infantis, Carnaval, carros alegóricos, presépios, vitrine de lojas, formatura e pinturas de murais, desde 1999.
Marlete Palhano, a arte abstrata, os gatos e os hábitos da Serra
A artista plástica Marlete Palhano nasceu em 8 de maio de 1970, Dia do Artista Plástico. É natural de Correia Pinto, mas se considera lageana por ter ido morar na cidade de Lages com seus pais e irmãs ainda bebê.
Há tempos a arte faz parte da sua vida, desde a escola até a universidade, com aprimoramento, apuração e otimização da visão das coisas, do compartilhamento de conhecimentos, estímulo às capacidades, transformação e do despertar dos sentidos para a criação. Do mesmo modo, vivenciou experiências múltiplas entre a composição de estudos e trabalhos artísticos desde meados dos anos 1980 até o presente. E há mais de 20 anos é artista plástica, com o desenvolvimento de pesquisas de materiais e dispositivos a partir dos quais contextualiza e interpreta, ludicamente, a teoria com a prática, e surgem, assim, as suas obras.
Participou de vários projetos e exposições coletivas e individuais, pelo princípio de uma reflexão sobre a arte abstrata. Tem como objetos de estudo os gatos e a arte acadêmica da Serra Catarinense, neste caso, especificamente, por intermédio do registro de suas tradições regionais e costumes de um povo.
Destacou seu projeto de processo artístico exercido no curso superior de Artes Visuais (Universidade, em 2004), como objeto de estudo os gatos, referencial teórico da arte abstrata e prático em várias linguagens artísticas (desenho, pintura, gravura, escultura, fotografia e instalação) em seu processo de ensino-aprendizagem enquanto artista plástica.
Uma artista premiada e “viajada”
A arte-educadora, Marlete Palhano, conquistou 1º lugar no Concurso Arte no Muro, do Festival de Teatro de Lages (Fetel), em 1999. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas desde 2002, recebendo em 2001 a premiação de 2º lugar no Concurso de Pintura Semana do Exército - à época, 10º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), de Lages.
Fez viagens de estudos com visitas educativas a congressos, seminários e colóquios de arte em território nacional. Ministrou oficinas e comunicações referentes a assuntos pertinentes à História da Arte. Publicou artigos e ilustração para capa de livros pedagógicos. Nesta transição de conhecimentos adquiridos em pesquisas de materiais e suportes diversos houve uma transformação do seu trabalho, no qual atualmente como artista plástica procura descrever a conjuntura da História da Arte de maneira expressiva e reflexiva no ensino-aprendizado da Arte.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Ary Barbosa e Divulgação
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