Documento de autorização à instalação das estruturas de tecnologia importada dos Estados Unidos (EUA), viabilizadas por mais de R$ 7 milhões, recursos próprios da Semasa, foi assinado na manhã desta terça-feira
Habitantes de áreas geograficamente elevadas do perímetro urbano do município de Lages poderão ver eliminadas a iminência de risco e a tribulação com eventuais faltas de água em suas casas e estabelecimentos industriais e comerciais diante das obras de construção de três novos reservatórios de água potável, em que as tarefas serão executadas no prazo de 365 dias entre seu início, evolução e conclusão. A ordem de serviço foi assinada e entregue na manhã desta terça-feira (13 de setembro) pelo prefeito Antonio Ceron à empresa vencedora do certame de licitação para seleção da empreiteira, RGS9 Tecnologia, Importação e Construções Ltda., sediada em São Paulo, capital, em solenidade na sede administrativa da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), localizada no bairro Popular, prestigiada pelo vice-prefeito, Juliano Polese; secretário Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), Jurandi Agustini; engenheiro civil responsável pela terceirizada, Roberto Bovino; secretários e executivos de pastas municipais variadas; vereadores, e lideranças comunitárias.
O começo, andamento, término e repasse das obras à comunidade deverão respeitar os compromissos firmados na ordem de serviço nº: 01/2022 e no contrato nº: 30/2022. Elaboração de projeto executivo e fornecimento de material também estão combinados.
Delimitado o tempo máximo de 12 meses (um ano) para os trabalhos ficarem prontos, cumprindo-se a liberação das atividades em conformidade com os projetos, memorial descritivo, planilhas de quantitativos/orçamentárias e cronograma físico-financeiro, mediante especificações do processo licitatório, tomada de preços e contrato entre o Poder Público e a esfera particular. O setor de Engenharia Civil da Semasa será fiscalizador do desempenho da empresa - engenheiros civis, Ricardo Fontana Sirtoli e Jefferson Vieira.
Os reservatórios serão edificados nos bairros Cidade Alta - R5 (rua das Torres, s/n), Vila Mariza - R15 (rua Israel, s/n) e Vila Maria - R20 (rua Otília Fernandes Araújo, s/n). Pelo R5 serão abrangidos os residentes do complexo formado pelos bairros e loteamentos Área Industrial, Santa Mônica, Caroba, Santa Cândida, Boqueirão, Vista Alegre, Vila Romana e parte do Bela Vista; já o R15 atenderá Chapada, Verdes Campos, Aspen, Vila Mariza e parte do bairro Penha, e o R20 compreenderá a região do Jardim das Camélias, São Caetano, Gibrail, Vila Maria e parte do Maria Luiza.
Os determinados três bairros foram escolhidos justamente devido a seus reservatórios atuais, situados nestes mesmos endereços, serem de tamanhos considerados pequenos e comportarem menor quantidade de água potável. Assim, subsidiam baixa capacidade de estocagem instalada em decorrência do seu porte, uma deficiência geradora de intermitência no fornecimento de água em pontos mais altos em dias de maior consumo, sobretudo nas estações com preponderância de calor - primavera e verão. Os reservatórios serão fixados para reaparelhar este tópico.
Fabricado em aço parafusado (chapas parafusadas) com revestimento epóxi termofundido, teto semiplano de aço carbono *ASTM A36 e galvanizado a fogo. Tecnologia importada dos Estados Unidos (EUA), pois as peças chegam prontas ao Brasil. Do mesmo modo como ocorreu com o R1 (seis milhões de litros), no bairro Morro do Posto, única diferença é o teto. Somente há a concretagem da base e montagem de peças no lugar de destino, incluindo selantes, parafusos e acessórios, com anteriores ajustes realizados no terreno.
Cada um dos novos reservatórios terá capacidade igual de dois milhões de litros em armazenamento/reserva, e todos irão substituir os reservatórios de menor capacidade - R5 - 200 metros cúbicos (200 mil litros), R15 - 100 metros cúbicos (100 mil litros) e R20 - 100 metros cúbicos (100 mil litros). O cálculo é que R15 e R20 tenham a capacidade multiplicada em 20, ou 2.000% e, o R5, aumento de dez vezes, 1.000%.
Serão desativados, respectivamente, os antigos R5, R15 e R20. Permanecerão 17 o número de reservatórios de água potável no município de Lages.
Nestas obras, serão aplicados investimentos de recursos financeiros públicos no valor de R$ 7.358.901 (milhões), provenientes integralmente da própria Semasa. A licitação foi publicada em 2 de maio de 2022, as propostas abertas em 2 de junho, e o contrato assinado no dia 26 de agosto.
Modernidade em métodos e qualidade da água. “O recurso mais precioso, vital e insubstituível. Nos últimos cinco anos e oito meses, a administração municipal, pela autarquia Semasa, tem transferido os valores de taxas e recursos objetivamente à modernização e ao avanço nos métodos de tratamento e abastecimento de água. A equipe deve ser técnica e humanizada. A nova Estação de Tratamento e os novos reservatórios devem corresponder às necessidades das próximas décadas“, examina o prefeito Antonio Ceron.
Falta de água na torneira atrapalha a vida das pessoas e não será mais um estorvo. “Retorno nítido aos contribuintes e facilidade ao seu cotidiano”, pondera o secretário Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), Jurandi Agustini.
O combate ao desperdício e o dever da Semasa com o saneamento básico foram lembrados. “As pessoas estão conscientes de seu papel na luta contra o desperdício de água. E o Município tem investido na redução de perdas em vazamentos e em esgotamento sanitário, como o Complexo Araucária”, sintetiza o vice-prefeito, Juliano Polese.
Mais reservatórios em 2023
Uma série de implantações e operações compõe o planejamento da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) para o ano que vem, condicionada à disponibilidade econômica, aliando-se às resoluções atualmente já praticadas, a exemplo da instalação de bombas que já melhoraram a captação de água; construção da nova Estação de Tratamento de Água (ETA), com uma injeção de expansão de capacidade, e o desembarque de novas bombas nas próximas datas, direcionando água da Semasa para a cidade.
Outros dois ou três reservatórios serão construídos em 2023, com capacidade de distribuição para praticamente um dia inteiro em casos de problemas, principalmente se houver rompimento de rede. A intenção é sanar os transtornos de falta de água nos bairros Santa Clara e Santa Helena (parte alta). “Lages está em ordem com o tratamento de água, porém, as carências de fornecimento ainda persistentes serão gradualmente reparadas, evitadas e solucionadas”, adianta o secretário Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), Jurandi Agustini, aos cidadãos.
Inovações com a nova Estação de Tratamento de Água
Em 8 de agosto deste ano de 2022, a Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) inaugurou a nova Estação de Tratamento de Água (ETA) de Lages, com capacidade de 300 litros por segundo, ou seja, mais de 25 milhões por dia. A estrutura antiga continuou em funcionamento, com capacidade nominal de 600 litros por segundo. Com o incremento da nova ETA, as duas juntas geram atendimento além da demanda populacional, com alcance de 77 milhões de litros, diariamente.
De capacidade nominal de 300 litros por segundo, portanto, 25.920.000 (milhões) de litros por dia, capacidade equivalente à metade da ETA antiga em operação, esta com 600 litros por segundo. A junção de ambas impulsiona 77.760.000 (milhões) de litros de capacidade diária.
O crescimento da capacidade é de 34,33%, o que significa que o total de 900 litros são suficientes para suprir uma cidade de 450 mil moradores em funcionamento operacional pleno (estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, de 2021, aponta Lages possuir 158 mil habitantes). Investimentos próprios da Semasa, de R$ 5.424.684,69. A Estação de Tratamento está ao lado da já existente, na sede da Semasa, na avenida 1º de Maio, bairro Popular.
*ASTM é a abreviatura, em inglês, de American Society for Testing and Materials. Em português, Sociedade Americana de Testes e Materiais.
Texto: Daniele Mendes de Melo
Fotos: Ary Barbosa
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