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Em Santa Catarina, só neste ano, até agora, foram registrados 28 feminicídios / Fotos: Deise Ribeiro Lages foi a primeira cidade do Estado a contar com uma Secretaria de Políticas para Mulher
Na tarde desta quinta-feira (27 de junho) o prefeito Antonio Ceron participou da Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores, sobre a onda de violência contra as mulheres e feminicídios em Santa Catarina. O evento, realizado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, debate o crescimento da violência contra as mulheres em Santa Catarina e planeja estratégias de enfrentamento. Serão seis audiências macrorregionais.
De acordo com a proponente das audiências a deputada estadual Marlene Fengler, em maio foram realizadas duas audiências, em Joinville e em Florianópolis. A primeira deste mês foi realizada em Blumenau, na segunda-feira, dia 24 de junho. Outras duas estão programadas para Chapecó e Tubarão. “Defendemos um amplo debate sobre a questão, com participação da sociedade e de representantes de instituições que tratam da questão da violência contra as mulheres como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e o Ministério Público de Contas, universidades, Ongs, Polícias Civil e Militar, entre outras instituições”, disse.
O prefeito Antonio Ceron parabenizou a Assembleia Legislativa pela iniciativa e lembrou das prioridades assumidas no início da gestão municipal, entre elas, o atendimento às mulheres. “Crianças, idosos e mulheres foram os nossos compromissos. Esta era uma prioridade pessoal. E com uma referência trazida das cidades de Londrina, no Paraná e de São Paulo estamos realizando um trabalho muito forte de educação e enfrentamento à violência contra a mulher com as ações da Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher”, comentou o prefeito. Participou também da audiência pública a secretária de Políticas para a Mulher, Marli Nacif.
Dados
No Brasil, a cada três mulheres, uma já foi vítima de violência. Em Santa Catarina, só neste ano, até agora, foram registrados 28 feminicídios. Em 2018, foram 35 casos, conforme dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública. Conforme o Tribunal de Justiça há 41.743 processos em andamento nas comarcas catarinenses envolvendo violência doméstica contra a mulher. Número que só está abaixo de processos relacionados ao tráfico de drogas. Pelas pesquisas, cerca de 60% dos casos, os agressores são alguém conhecido da vítima. E apesar das campanhas e dos debates, mais da metade, 52% das mulheres se calam.
Informações: Rossani Thomas
Fotos: Deise Ribeiro
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