Aos que compram: facilidade, conforto, comodidade e a segurança de comprar de dentro de casa e receber no próprio endereço, a poucos passos dos cômodos protegidos da família. Aos que vendem: uma luz no final do túnel
Nas primeiras semanas e até por meses, milhões de pessoas se sentiram enclausuradas dentro de suas próprias casas e as famílias tiveram de exercitar a paciência, tolerância e o bom senso em nome da harmonia na convivência. Do lado de fora das portas, o silêncio ensurdecedor do isolamento social, lockdown e o desespero de comerciantes que se viram obrigados a descer as grades de seus estabelecimentos para proteger funcionários e clientes da disseminação desta catástrofe biológica da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), sem saber por quanto tempo este congelamento das atividades iria perdurar.
A baixa circulação de pessoas afetou principalmente os micro e pequenos negócios, que estão sofrendo com a queda no consumo. Depois das perdas, prejuízos financeiros, queda na produção e nas vendas e baixas de colaboradores com demissões inesperadas e praticamente não planejadas, houve as reaberturas, adaptações para horários reduzidos e mobilizações para uma remodelação da comercialização, em contraponto ao infeliz fechamento de empresas.
Nasce, aí, um novo momento de contenção de gastos e a busca de segurança pelas pessoas, realizando suas compras on-line para não ter de frequentar locais públicos e, assim, correr o risco de contaminação diante das aglomerações de público. Abrir um novo canal de comercialização de produtos e serviços surgiu como uma ferramenta urgente para afrontar a crise econômica provocada pela pandemia e passar por cima dos obstáculos.
Haja criatividade para colocar a imaginação e o planejamento a vapor, fazendo sair “fumaça” da cabeça de quem tem o sangue do empreendedorismo nas veias. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que o e-commerce ganhou força e passou a ser a melhor opção de venda, “pois o consumidor recebe seu produto em casa, com o menor contato físico possível”.
Parcela da população empreendedora está passando por sua primeira experiência com a compra on-line, e outro perfil, que anteriormente se mostrava resistente, agora deu uma chance ao próprio negócio. “Para acompanhar esses novos hábitos de consumo, é importante que o empreendedor aproveite a oportunidade para entender como o cliente procura, age, espera e gasta pela Internet. Neste cenário de crise, o usuário quer saber o que as marcas estão fazendo e como podem contribuir para melhorar a situação, uma vez que elas podem servir de exemplo para as pessoas”, detalha o Sebrae.
A segurança em receber uma encomenda de um local onde há casos de Covid-19 existe, sim. A probabilidade de uma pessoa infectada contaminar itens comerciais é baixa e o risco de contrair o vírus que causa a Covid-19 do contato com uma embalagem que foi manipulada, transportada e exposta a diferentes condições e temperaturas também é baixo.
Os consumidores estão priorizando a compra on-line de itens essenciais:
Conforme análise do Sebrae, os setores não essenciais precisaram se fortalecer como marca, pois o consumo está, gradativamente, retornando neste começo de pós-crise. “Por isto cresce ainda mais a importância do propósito. As empresas e marcas precisam tomar muito cuidado para não serem vistas como oportunistas pelos seus consumidores, que estão mais sensíveis”, justifica o Sebrae, evidenciando, ainda: “Esta é a hora em que todos precisam se reinventar, focando a experiência do cliente e agregando valor na decisão de compra. Por isto, vale lembrar que o e-commerce não vende produtos, ele envia solução. Os empreendedores devem lembrar ser importante tratar seus clientes como pessoas e mostrar para eles que existem pessoas do outro lado da tela também”.
Dicas de sucesso nas vendas pela tela do celular ou computador
No link https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/protocolosderetomada os empresários podem absorver as orientações de saúde para a retomada dos negócios de varejo, alimentação, beleza, moda, negócios pet, saúde e bem-estar, construção civil, turismo, artesanato, automotivo, logística e transportes, indústria, economia criativa e serviço educacionais, a partir das medidas de saúde. É possível baixar os e-books com informações gerais e de cada segmento: Mercearias, minimercados e supermercados; lojas de rua e lojas de shopping; feiras livres; panificadoras e confeitarias; bares, restaurantes e lanchonetes; Microempreendedores Individuais (MEIs) de alimentação; salões de beleza, barbearias, maquiadores e clínicas de estética; loja de vestuário, loja de calçados, lojas de acessórios e atacarejo; negócios pet; academias de ginástica; clínicas de saúde; SPA; Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI); lojas de materiais de construção; indústria da construção; lojas de móveis; indústria do mobiliário; escritórios de arquitetura e projetos; agências de turismo; meios de hospedagem; turismo em áreas naturais; turismo e negócios e eventos; artesanato; peças, acessórios e serviços de reparação automotiva; serviços de delivery; transporte por aplicativo e táxi; transporte escolar; transporte de cargas - fracionadas; transporte de cargas - rodoviário; indústria de base tecnológica e energia; eventos culturais; games; audiovisual; cursos livres; escolas, e empreendedores independentes das vendas diretas.
Definições de amparo ao empreendedor em nível municipal
Em Lages, os decretos nº: 17.908, de 24 de março e 17.959, de 06 de abril deste ano, abordam decisões para o fomento dos empresários e cidadãos lageanos. Entre as quais, prorrogação dos prazos dos vencimentos, sem cobrança de juros e multa, do Imposto Sobre Serviço (ISS) e da data de vencimento para pagamento da Taxa de Fiscalização, Localização e Funcionamento (TFLF).
Estiveram suspensos por 90 dias, os seguintes procedimentos: Inscrição em dívida ativa de débitos municipais; ajuizamento de execução fiscal; encaminhamento de protesto de dívidas de origem tributária e não tributária; e cobrança administrativa e responsabilização de contribuintes por dívidas de origem tributária e não tributária. Do mesmo modo, esteve prorrogado o prazo de vencimento, sem cobrança de juros e multas, da tarifa de água dos meses de abril, maio e junho de 2020, enquadrada na categoria residencial social, respeitando os critérios estabelecidos no regulamento dos serviços de água e esgoto, da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa).
A Sala do Empreendedor, uma das subdivisões na frente dos trabalhos da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo, continua com seus serviços prestados especialmente aos Microempreendedores Individuais (MEIs) do município, oferecendo atendimento de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. O suporte não deixou de ser oferecido, somente houve suspensão dos trabalhos por 15 dias no começo da pandemia, em respeito às normas de coibição de novos casos do vírus, sem prejuízos aos empresários pelo tempo com as tarefas interrompidas. “A Secretaria trabalhou normalmente neste período da pandemia, prestando total atendimento aos MEIs, tanto para aqueles que quiseram abrir o seu negócio, quanto àqueles que procuraram os serviços para renovar seu alvará, mantendo-se todos os cuidados, como distanciamento social e uso de máscara e álcool gel. O Município, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo, em parceria com o Orion Parque, executou o Programa de Aceleração de Pequenos Negócios. Houve diversas lives e palestras on-line, auxiliando o pequeno empreendedor a passar por esta crise e até aprimorar suas atividades econômicas”, defende o diretor de Desenvolvimento da Secretaria, Amauri Bacci.
Respaldo do poder estadual
Quanto ao Governo do Estado de Santa Catarina, há uma série de medidas adotadas pela União, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) para mitigar os impactos às empresas catarinenses, especialmente às micro e pequenas. Trata-se das seguintes iniciativas:
Governo Federal criou e ampliou ideias de apoio
Propostas estão fazendo parte do novo fôlego na vida da classe empresarial brasileira. E, na prática, são as da sequência:
Texto: Daniele Mendes de Melo, com informações do Portal do Empreendedor/Sebrae, Governo do Estado de Santa Catarina e Agência Brasil
Fotos: Divulgação
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